QUERO VER O DIABO



Os antigos sempre diziam que não se deve duvidar e nem afrontar as entidades do além, porque quem faz isso acaba pagando um preço alto pela afronta e desrespeito. E os antigos sabiam do que estavam falando.

O relato a seguir é sobre esse tipo de acontecimento!

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O fato descrito a seguir ocorreu por volta do ano de 1926, e foi real!

O que irei contar aconteceu com minha avó quando ela tinha 20 anos de idade.
Como ela nasceu em 1906 e o fato ocorrido aconteceu aos 20 anos de idade, o ano do acontecimento foi 1926, não sabendo apenas em que mês ocorreu .
Minha avó materna Gabriela morava nesta época no bairro do Catete no Rio de Janeiro e certa noite em conversa com colegas a respeito do sobrenatural, disse à elas que o diabo não existia e que isso era uma invencionice humana.

Ora.. Responderam as colegas, se o mal existe o tal coisa ruim deve existir também.

Minha avó resoluta depois de debater, respondeu:

- Se o diabo existe mesmo, que ele apareça na minha frente e se apresente a mim!

- ” Cruz-credo", falaram as colegas.

- Gabi você não tem medo de falar essas coisas.

Que nada, não tenho medo!

Bem, eu não sei se foi no mesmo dia ou na mesma semana, mas aconteceu que minha avó teve que sair da casa de uma das colegas à meia-noite (se esse horário hoje em dia já é um pouco tarde, imagine em 1926).
O que aconteceu foi que andando sozinha pela calçada, que na época era iluminada por lampiões de gás, minha avó se deparou com um homem encostado debaixo de um desses lampiões vestindo um terno branco e com chapéu.

o medo foi instantâneo e ela teve vontade de atravessar a rua, mas do outro lado estava tudo escuro com os lampiões daquela parte da calçada apagados.
Entãominha avó fechou a cara e foi olhando pra frente.
Ao passar em frente ao homem que estava com a cabeça baixa, ele falou em tom zombeteiro :

- Boa noite Gabriela, você não queria me ver?

Minha avó na hora olhou em direção ao homem e ele não tinha rosto e logo em seguida sumiu!
Assutada, ela saiu correndo e só parou em casa, onde ficou três dias sem dormir assombrada e já estava passando mal, pois na época não existia remédio para dormir.
Foi então que foi levada em uma velhinha benzedeira que a rezou e falou para nunca mais fazer aquilo, pois mexeu com quem não devia.

Quando eu era criança com uns 9 anos de idade, de brincadeira apertei a campainha de casa, e minha avó  que morava conosco pediu para ver quem era, e eu abri a porta e exclamei:

- Não é ninguém, pode entrar!
 
Então minha avó me falou zangada:

- Nunca abra a porta de casa para rua e chame alguém invisível, pois o mal existe lá fora e ele pode entrar.

 

Marcelo Campos
Rio de Janeiro - RJ - Brasil
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